Análise - PaRappa The Rapper Remastered

Análises Playstation 4 SONY Abril 4, 2017

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O jogo original saiu há vinte anos atrás, tendo sido um dos jogos mais importantes para o desenvolvimento de jogos rítmicos e evoluiu muito o género fora das arcades. Mas duas décadas passaram e o género mudou, e muito, felizmente. Será que PaRappa The Rapper ainda se mantém fresco?

Sempre fui fã de Vib-Ribbon (também desenvolvido pela NanaOn-Sha) com o seu aspecto minimalista, psicadélico e bastante intuitivo de transmitir ritmo, com as suas músicas absolutamente estranhas, mas…viciantes. Já PaRappa The Rapper não me marcou tanto como o anterior, apesar de reconhecer que é um dos principais clássicos da Playstation. A versão “remasterizada” conta com imagens mais claras e formas muito mais definidas, tendo apenas os FMV’s de origem.

O visual do jogo é muito próprio e intemporal, sendo que apesar de ter vinte anos, permanece fresco. As personagens permanecem num plano 2D, sendo que o resto do mundo permanece num plano 3D, parecendo folhas de papel. Como o visual é original para o tipo de jogo que é, consegue ser agradável e conta com um certo charme.

Já as músicas conseguem ainda ser muito boas, pelo seu conteúdo específico, entre aprender a fazer rap com uma cebola, passando por vender materiais numa barraca de um venda de segunda mão, até ao palco mais visto do universo, desde que possamos acreditar (sim, porque no fundo, neste jogo apenas é preciso acreditar). A história mantém-se, o nosso herói PaRappa depara-se com vários desafios na sua vida, e vai conquistando os mesmos através da sua força de vontade e da sua perícia em cada mestre de rap. E é isso. A história não desenvolve mais, nem tem surpresas. Muito simples, apenas segue um caminho e cumpre a sua premissa.

Infelizmente a jogabilidade não sofreu qualquer alteração e alguns dos problemas da versão original continuam por resolver. Em algumas músicas existem “frases” muito simples antecedidas por “frases” extremamente complicadas, sem motivo nenhum, sendo que os jogadores terão que quase decorar cada “frase” de cada música. Depois de o fazerem, não devem demorar muito tempo a completar o jogo visto que este apenas apresenta 6 níveis. Mesmo com todos estes limites, o jogo permite que brinquemos com as letras das músicas e até nos dá pontos extra em troca de um bom freestyle. Não existe uma dificuldade gradual, o que torna a experiência algo frustrante.

Podem sempre voltar aos níveis e tentar completar com a classificação COOL, ou completar tudo numa dificuldade acima, mas não existe muito mais para fazer aqui. Isso mostra como os jogos, mesmo nos anos 90, evoluíram muito na forma como apresentavam o seu conteúdo e como o factor de completar várias vezes sempre foi deixado um pouco de lado. No entanto, podemos sempre voltar ao jogo e relembrar as músicas que são extremamente catchy.

É preciso notar que o jogo foi importante pela forma como os jogos de ritmo evoluíram, mas em 2017, com a sua jogabilidade antiga, o jogo tem apenas valor maioritariamente nostálgico. Mas ainda assim, irá deixar os mais saudosistas satisfeitos, caso sejam fãs do pequeno cão rapper. E o facto da Sony estar a revisitar este título poderá fazer com que haja novamente interesse e vontade na série, por parte dos jogadores, tal como tem acontecido com vários jogos ultimamente, em que são lançados títulos antigos para criar interesse e fundos para um novo título da série. E caso estejam na dúvida, podem sempre experimentar a demo.

Podem ver os primeiros 15 minutos do jogo abaixo:

Jogabilidade - 75%

Gráficos - 85%

Som/Banda Sonora - 90%

Longevidade - 60%

78%

Bom

É preciso notar que o jogo foi importante pela forma como os jogos de ritmo evoluíram, mas em 2017, com a sua jogabilidade antiga, o valor do jogo é maioritariamente nostálgico. Ainda assim, irá deixar os mais saudosistas satisfeitos, caso sejam fãs do pequeno cão rapper. E o facto da Sony estar a revisitar este título poderá fazer com que haja novamente interesse e vontade na série, por parte dos jogadores.

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