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Análise – Patapon Remastered

Patapon saiu originalmente em 2007, para PSP, e é um jogo maioritariamente de ritmo, onde controlamos a tribo Patapon através de secções rítmicas, perfazendo ataques, defesas, marchas e até “danças da chuva”. 10 anos depois, o título original recebe uma versão melhorada e mais adequada à irmã mais velha, a PS4.

https://www.youtube.com/watch?v=qJ3BaFxZZtE

Apesar de certa altura do final dos anos 90 e principio dos anos 2000 os jogos de ritmo terem ficado um pouco saturados, hoje em dia isso não acontece. Como tal, a decisão de revitalizar Patapon poderá dar nova vida à série e devolver algumas lembranças de jogos de ritmo que marcaram.

O jogo continua com um visual simples, limpo e bastante agradável, além de que é bastante intuitivo em termos de percepção de ritmo e de qual táctica deveremos utilizar nas alturas de maior pressão. E agora com uma resolução ainda maior, nota-se ainda mais o quão bonito o jogo é, sendo que apenas as cutscenes perdem qualidade, poisa PSP tinha um resolução bem mais baixa do que a PS4. No entanto, dado que o jogo não tem uma quantidade assoberbante de história fora da jogabilidade, é aceitável.

A jogabilidade de Patapon não é a mais inovadora da indústria, mas é uma excelente mistura de vários tipos de jogabilidade de ritmo, que na sua forma totalmente diferente, cria uma nova forma de jogar este tipo de jogos. Apesar de hoje em dia já vermos mais títulos de utilizam ritmo para combater, explorar cavernas ou simplesmente fugir, Patapon era dos poucos que o fez na altura em que saiu. E consegue ser mais complicada/excitante do que parece, sem ser particularmente difícil. Apesar da mecânica principal ser o ritmo, este é um jogo de estratégia em tempo real: podemos escolher quais as facções da tribo que queremos a combater; podemos escolher as armas, escudos, capacetes e “armas especiais”; podemos ressuscitar e criar novos membros das facções; e temos ainda vários tipos de canções de guerra, chuva, etc., que nos ajudam durante as nossas aventuras neste mundo colorido e estranho.

A sua jogabilidade é muito simples: temos quatro instrumentos, e ao serem reproduzidos por uma certa ordem, cria um tipo de melodia que predetermina a vossa intenção de ataque, recuo, defesa, etc. Se conseguirem reproduzir 10 melodias seguidas, sem qualquer tipo de erro, entram no estado de FEBRE e têm o vosso poder amplificado. Neste estado, o tempo musical é mais apertado e preciso, mas se continuarmos, temos imensos benefícios, principalmente contra bosses. O facto da jogabilidade ser tão original, faz com que apesar da série já ter 10 anos, mantenha-se completamente actual e refrescante,principalmente nesta altura do Verão. E temos vários tipos de missões para apimentar ainda mais a jogabilidade, como caçadas, onde temos de procurar mantimentos e objectos que possam ser indispensáveis no futuro. Só é pena que nem todos os tipos de missões possam ser repetidos, tal como no original.

O jogo não tem propriamente uma banda sonora por assim dizer, pois mantém uma melodia de fundo e ao jogarmos, vamos compondo a banda sonora, com as nossas decisões, e consequentes harmonias que advêm das nossas decisões. Mas o design de som consegue ser bastante preciso, no que toca em termos de avisos audíveis, seja dos inimigos mais simples, seja dos bosses principais.

Além disso, as canções, apesar de serem sempre as mesmas, vão tendo alterações durante certos pontos do jogo, o que revitaliza um pouco as mesmas, pois podia tornar-se aborrecido após algumas vezes. E para ajudar no ritmo, o ecrã tem sempre duas barrinhas brancas em todo o seu redor, em forma de pulsação musical, de forma a ser mais fácil de entrarem no ritmo, caso tenham dificuldades de o fazer com sons. Ao decorrer do jogo, a composição torna-se diferente e mais ambiciosa, pois a dificuldade também aumenta.

Patapon não é propriamente um jogo muito comprido ou difícil, por isso poderão facilmente passar o jogo em menos de 20 horas, tendo em conta as secções que terão que reforçar as vossas forças tribais e aumentar o número de ocupantes. Mas durante toda a vossa experiência, vão de certeza passar um bocado. Além de que, apesar de tudo isto, temos alguns mini-jogos para quebrar a rotina de andar sempre a marchar, combater e caçar, dando uma experiência diferente de tudo o resto, tendo em conta as bases principais do jogo: ritmo.

E mesmo depois de acabarem o jogo, podem sempre revisitar as zonas disponíveis para assim ultrapassar desafios mais complicados e adquirirem guerreiros importantes ou simplesmente pela desafio em si. Tal como foi referido anteriormente, só é pena não ser possível revisitar algumas missões, pois pode tornar-se aborrecido caçar e lutar com os bosses vezes sem conta, sendo que as secções que mais divertimento dão, são as de exploração.

Apesar de não ser uma grande novidade, Patapon é um produto original da sua altura, e mantém-se estética e sonicamente de saúde, e recomenda-se, principalmente ao preço a que se encontra. No entanto, acho que seria mais vantajoso para a Sony, fazer o mesmo que fez com a WipEout Omega Collection, e lançar os três títulos da série num único pacote, dando mais interesse aos utilizadores. Não que seja pouco, mas Patapon não agradará a todos, e o facto de ser apenas um jogo poderá ser uma má jogada por parte da companhia.

Ainda assim, o jogo é divertido, único e viciante, e muito mais não se pode pedir dum título que outrora fazia parte apenas do mundo portátil, que agora chega à vossa sala ou quarto. De notar que ao não existir um modo multijogador, seja cooperativo seja competitivo, deixa um pouco a desejar, mas prevejo que este modo sairá nos próximos títulos Patapon, tal como aconteceu no passado, caso estes venham a existir.

█ F.S.

Patapon saiu originalmente em 2007, para PSP, e é um jogo maioritariamente de ritmo, onde controlamos a tribo Patapon através de secções rítmicas, perfazendo ataques, defesas, marchas e até "danças da chuva". 10 anos depois, o título original recebe uma versão melhorada e mais adequada à irmã mais velha, a…

Patapon Remastered

Jogabilidade - 87%
Gráficos - 90%
Som/Banda Sonora - 83%
Longevidade - 65%

81%

Bom

Patapon é divertido, único e viciante, e muito mais não se pode pedir dum título que outrora fazia parte apenas do mundo portátil, que agora chega à vossa sala ou quarto, ainda que a falta de um modo multijogador, seja cooperativo seja competitivo, seja sentida neste título. E o facto que seria mais vantajoso para a Sony, fazer o mesmo que fez com a WipEout Omega Collection, e lançar os três títulos da série num único pacote, dando mais interesse aos utilizadores.

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Filipe Silva
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