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Análise – Dandara

Dandara é um novo metroidvania para consolas, PC e smartphones/tablets, feito pelo estúdio brasileiro Long Hat House, e promete ser uma pérola para os fãs core do género. Pudemos experimentar a versão Switch, que tem tudo a seu favor para ser um dos jogos mais bem vendidos na plataforma. Mas será apenas isso?

Primeiro de tudo, quisemos experimentar a versão Switch, pois a Nintendo é a consola que começou com este género, e como tal, achámos que fazia sentido. O jogo começa por mostrar-nos Dandara, a protagonista que “foi subtilmente inspirada na personagem histórica Dandara dos Palmares, uma guerreira da liberdade afro-brasileira do século XVII” e ensina-nos como as mecânicas principais do jogo funcionam. E ao longo dos vários níveis, vemos todo um conjunto de referências à cultura brasileira, desde o nome dos edifícios e ruas, passando pelas personagens e suas profissões, até à banda sonora que empresta sons reminiscentes da música brasileira, deixando um ambiente bastante coeso e que comemora a as raízes do folclore brasileiro, sem deixar de ser original.

A história do jogo é relativamente simples, sem contar muito, onde o mundo agora se encontra sendo governado por identidades opressoras, sendo que encontramos vários cidadãos espalhados pelos vários mapas que encontramos, e depois de ouvirmos as suas histórias, ficamos a perceber o que realmente se passou, sem ser demasiada exposição com cutscenes, ou conversas sobre conversas. E por detrás deste despertar revolucionário, está Dandara, a nossa heroína, que explora este mundo à procura de novas maneiras de libertar o seu verdadeiro poder e libertar os cidadãos oprimidos e isolados. No geral, a história é simples, com um conceito bastante comum, mas com um toque diferente o suficiente para se destacar.

A sua jogabilidade é possivelmente o seu ponto mais controverso, na minha opinião. Apesar deste jogo ser um metroidvania na sua base, não temos tanta capacidade de movimento como os jogos mais comuns do género, pois existem algumas superfícies com um sal específico, tornando paredes, chão e tectos, o nosso caminho para o próximo mapa, desafiando a gravidade e rodando o próprio lugar por vezes, o que sem um mapa poderia ser bem complicado de seguir, mas felizmente existe um e ajuda bastante. Mas o que falta de liberdade de movimentos, existe em velocidade e ataques, desde disparos simples até misseis, temos à nossa disposição vários tipos de ataque. Mas é necessário carregar durante algum tempo, se não Dandara tornava-se poderosa demais e tornava o jogo demasiado simples. Ou seja, o jogo não é propriamente fácil, visto que é necessário carregar o disparo, um pouco à Megaman, e no caso dos bosses, desviar-nos dos perigos circundantes. O que faz com que exista uma grande satisfação após a vitória contra os inimigos.

Temos vários tipos de inimigos, bosses e mini-bosses para ultrapassar, sendo que vamos encontrando acampamentos pelo mundo, onde podemos descansar e renovar os nossos poderes, sendo que se morrermos, ficamos sem o nosso saldo de sal, que existe para melhorarmos a nossa vida, armas e capacidades extra. Tal como é costume do género, existe backtracking e puzzles com os mapas, que por um sentido A, vai dar à sala 1, mas pelo sentido B dá acesso à sala 2 e 3, tudo dentro do mesmo mapa e/ou área, o que faz com que por vezes nos sintamos perdidos, mas o género é apelativo por isso mesmo motivo, e como tal, faz o seu trabalho bem feito. E tal como foi dito anteriormente, o mapa está à distância de um botão, por isso é extremamente fácil encontrar-nos no mundo. Ou seja, segue bem a lista que identifica o tipo de jogo que é.

Os visuais do jogo são soberbos e têm uma fluidez muito boa. As animações estão fenomenais e relembra os primórdios do género, sem sacrificar a qualidade gráfica. Podemos ver influências das cidades e florestas, logo nos primeiros níveis, e as pequenas áreas onde encontramos civis escondidos, contam histórias só pelo seu desenho, que tenham uma guitarra, um sofá ou algo que dê detalhes da personagem, sem realmente contar directamente ao jogador. E tal como os visuais, a banda sonora é muito boa, juntamente com o design de som que é bastante rico, onde podemos realmente ouvir os tiros, saltos ou até em alguns casos, inimigos no outro lado do mapa. No seu conjunto, o jogo tem um ambiente excelente, que convida o jogador a explorar este mundo ao contrário, de forma a descobrir o porquê de estar tão desolado e deprimente. Tivemos alguns bugs que não nos deixaram jogar, mas os criadores informaram que sairia um patch no dia de lançamento, e assim aconteceu, que resolveu os problemas por isso a experiência dos utilizadores deverá ser boa.

Dandara é um jogo que não teve muita publicidade nem estratégias de marketing exageradas, mas que merece toda a atenção, principalmente para os fãs de metroidvanias. Apesar de não ser o maior fã do género, o jogo conseguiu definitivamente divertir-me, o que é mais do que muitos jogos tentaram fazer com voltas e reviravoltas. Se gostam deste tipo de jogo, Dandara é certamente uma pérola para a vossa colecção. E o jogo está disponível em quase todas as plataformas possíveis, por isso podem jogar onde quiserem, o que é um ponto a favor para o jogo.

Dandara está disponível para a Nintendo Switch, PlayStation®4, Xbox One, PC, iOS e Android. Para mais informações, visita o website oficial.

Dandara é um novo metroidvania para consolas, PC e smartphones/tablets, feito pelo estúdio brasileiro Long Hat House, e promete ser uma pérola para os fãs core do género. Pudemos experimentar a versão Switch, que tem tudo a seu favor para ser um dos jogos mais bem vendidos na plataforma. Mas…

Dandara

Jogabilidade - 80%
Gráficos - 91%
Som/Banda Sonora - 92%
Longevidade - 85%

87%

Muito Bom

Dandara é um jogo que merece toda a atenção, principalmente para os fãs de metroidvanias. Se gostam deste tipo de jogo, Dandara é certamente uma pérola para a vossa colecção. E o jogo está disponível em quase todas as plataformas possíveis, por isso podem jogar onde quiserem.

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Filipe Silva
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