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Análise – Devil May Cry 5

Desde de 2008 que a série Devil May Cry tem tido alguns problemas, desde de vendas ao facto da série ter tido uma nova identidade que (quase) ninguém se identificou, entrando na nova geração com uma edição especial de DMC4, com muito conteúdo extra, mas que continuava a ter o mesmo problema de antes onde se tornava muito repetitivo. Mas agora com esta nova entrada, a Capcom pretende dar um novo rumo à série, que apesar de todos os contra-tempos, tem tudo para ser em sucedida.

Tal como aconteceu em 2008, temos vários protagonistas, sendo que desta vez jogamos com três personagens distintas na história principal. Nero, que continua a ser a personagem central de todo este desenrolar de eventos; Dante, que continua a ser o gajo com mais pinta do bairro, ainda que pareça demasiado velho para isso; e V, uma misteriosa personagem que se aventura neste mundo de avesso, formando assim “OS TRÊS DA VIDA AIRADA”. As três personagens têm tipos de jogabilidade muito diferentes um dos outros, dando uma certa oportunidade variar durante os combates. Não possível escolher uma personagem diferente durante as missões, sendo que cada personagem tem a sua própria história, e como tal, segue o seu caminho. No entanto, neste novo DMC, podemos jogar ao lado de jogadores online, se a nossa missão envolver várias personagens do jogo. Só uma ou outra vez envolve lutarmos lado a lado, mas raramente interagimos. Mas, nunca sabemos o que o futuro nos reserva, e como tal podemos receber algum update no futuro com leaderboards ou algo do género, para realmente os jogadores poderem mostrar o que valem.

A jogabilidade poderá ser a melhor da série, ainda que jogar com V pode ser um pouco estranho ao início, sendo uma personagem de combate à distância, algo totalmente novo na série. Mas depois de percebermos a mecânica “da coisa”, esta jogabilidade faz com que o jogo seja sempre desafiante e tenha sempre uma nova faceta a descobrir, depois de terem esgotado todas as possibilidades em DMC4. Dante também é muito mais forte do que Nero, e como tal, é mais complicado de ter melhores “notas”, mas acaba por ser mais intuitivo, pois é a jogabilidade a que estamos acostumado a mais tempo, dentro da série. Para além disso, temos também agora uma novidade: braços intercambiáveis. Quando jogamos com Nero, podemos escolher entre vários braços disponíveis, que variam consoante o tipo de braço disponível: temos um braço que descarga um ataque eléctrico, um braço que ao carregar dispara um laser super-potente e um braço que agarra inimigos maiores, arremessando-os. Juntando os braços às novas armas, nunca antes vistas na série, a experiência e descobrimento de estratégias viáveis contra os inimigos é vastamente prolongada. Sendo fã da série já há algum tempo, penso que este jogo terá a melhor jogabilidade na série, sem complicar demasiado nem retirar elementos já existentes.

Os gráficos são soberbos. O novo motor de jogo RE ENGINE tem um aspecto visual espectacular, tendo imenso detalhe e definição, sem sacrificar (muito) a performance. Não apanhei qualquer tipo de bugs, glitches, etc., durante toda a minha aventura com DMC5. Os efeitos especiais têm um excelente impacto e toda a acção tem um aspecto bastante realista. Nem tanto a nível gráfico, mas mais em termos do design visual do jogo, está muito bom, com vários sítios para explorar, os visuais das personagens renovados e inspirações diferentes do que estamos acostumado, sendo que alguns inimigos conhecidos voltam para relembrar os velhos tempos da série e trazer memórias a quem já jogava Devil May Cry antes de DMC5. Em termos de level design, as coisas começam muito bem, mas após metade do jogo começam a estagnar. A árvore Qliphoth é o tema principal do jogo, e como tal, toma grande parte do tema, seja da parte histórica seja d parte visual.

A banda sonora também está muito boa, mantendo sempre a estética industrial no que toca a banda sonora na altura em que queremos cortar e encher inimigos de balas. Fora dos combates, continua subtil e minimamente calma, deixando as pérolas mais pesadas para as alturas em que existem confrontos. O sound design também está muito bom, com vários efeitos sonoros detalhados, principalmente em ambientes mais fechados onde podemos ouvir todo o tipo de ruídos provenientes das personagens, passando pelos disparos das armas e dos cortes penetrantes das espadas, e dos vários inimigos à nossa volta, providenciando um ambiente realmente soberbo.

A história de DMC5 é, possivelmente, a parte mais fraca do título, sendo que quem já jogou os outros jogos da saga consegue antever o que aí vem muito antes de acontecer. Percebo que a equipa não tenha tido muitas hipóteses/oportunidades de explorar muitos cenários desta história que envolve deuses, demónios, humanos e tudo à mistura, jogando um pouco pela segurança, mas é notavelmente parecido com a história de DMC3, ainda que existam novos elementos na história. Mas o que falta de longevidade na história, já faz parte do ADN de DMC tem uma factor de repetição muito grande, pois temos vários modos para desbloquear e vários fatos/armas para descobrir, que não são nada fáceis de o fazer, principalmente para novatos na série. O jogo tem desbloqueado dois modos de jogo: Human e Devil Hunter. Human é o modo mais fácil do jogo, sendo perfeito para quem nunca jogou DMC, ou até um hack ‘n’ slash, em toda a sua colecção de videojogos. Já Devil Hunter é mais indicado para veteranos da série, sendo que a partir deste modo, é sempre a subir na dificuldade e entretenimento, pois haverá uma maior necessidade de saber combinações/tácticas mais avançadas. Sendo que pouco alterou, DMC sempre teve uma das maiores longevidades em termos de jogabilidade, pois é necessário jogar várias vezes o jogo, em diferentes modos de dificuldade, para realmente chegar a um nível de desempenho excelente.

Apesar da história não ser a melhor da série, é competente e faz o seu trabalho, o que não é propriamente dizer muito na série, principalmente quando o final fica muito em aberto, mesmo a pedir um DMC6. A jogabilidade está muito boa, e tal como havia sido escrito anteriormente, provavelmente a melhor da série. Adicionando uma nova personagem “ao barulho”, muda um pouco a forma de jogar e experimentar como as combinações resultam, mas mantém-se o mesmo princípio básico: manter a nota de combate o mais alta possível, de forma a receber mais pontos. E com o futuro update do modo Bloody Palace, existe mais formas de derrotar os inimigos e de experimentação. Após a má recepção, no geral, do jogo anterior é muito bom ver a série voltar ao que faz melhor: ter uma jogabilidade própria, inovando em várias vertentes mas fortalecendo a mais importante, a diversão. Um título obrigatório para fãs de DMC ou do género hack ‘n’ slash.

█ F.S.

DEVIL MAY CRY 5 está disponível para a PlayStation®4, Xbox One, e na STEAM® para o PC. Para mais informações, visita o website oficial.

Desde de 2008 que a série Devil May Cry tem tido alguns problemas, desde de vendas ao facto da série ter tido uma nova identidade que (quase) ninguém se identificou, entrando na nova geração com uma edição especial de DMC4, com muito conteúdo extra, mas que continuava a ter o…

Devil May Cry 5

Jogabilidade - 96%
Gráficos - 97%
Som/Banda Sonora - 90%
Longevidade - 90%

93%

Excelente

Apesar da história não ser a melhor da série, é competente e faz o seu trabalho, o que não é propriamente dizer muito na série, principalmente quando o final fica muito em aberto. A jogabilidade está muito boa, provavelmente a melhor da série. Adicionando uma nova personagem "ao barulho", muda um pouco a forma de jogar e experimentar, mas mantém-se o mesmo princípio básico: manter a nota de combate o mais alta possível, de forma a receber mais pontos. Após a má recepção, no geral, do jogo anterior é muito bom ver a série voltar ao que faz melhor: ter uma jogabilidade própria, inovando em várias vertentes mas fortalecendo a mais importante, a diversão. Um título obrigatório para fãs de DMC ou do género hack 'n' slash.

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Filipe Silva
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