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Análise – Street Fighter V: Champion Edition

E já se passaram quatro anos desde o primeiro lançamento de Street Fighter V. Muito se passou nestes quatro anos, desde o desenvolvimento do jogo até à própria empresa, chegando-nos esta nova versão. Três edições, quatro anos e várias personagens depois, vamos ver como esta versão se distancia das anteriores. Mas é 2020, e Street Fighter V: Champion Edition tenta mudar o rumo que a quinta iteração do jogo tem, para se tornar novamente o rei dos jogos de luta. Resta apenas saber se ainda tem o que é preciso.

Em 2016, a primeira versão de Street Fighter V é lançada e muitos jogadores ficaram desapontados pela qualidade e quantidade de conteúdo que o jogo apresentou. Ao ponto de Street Fighter ter perdido um pouco da chama que tinha alcançado com Street Fighter IV, tornando a comunidade um pouco dividida. E dada a minha experiência, muitos jogadores que passaram centenas de horas no título anterior, acabaram por deixar de lado esta nova iteração. E com esta queda, outros jogos saltaram para a ribalta, tais como o TEKKEN 7 e Dragon Ball FighterZ. Desde que a Capcom deixou de produzir jogos através de produtoras fora da companhia, que voltou ao que era bem conhecida, pela sua qualidade e quantidade de jogos bons no seu catálogo, tais como Resident Evil 7, Monster Hunter: World, Devil May Cry 5, REsident Evil 2. Mas a primeira iteração de SFV não fez parte desta fornada de jogos, e quando Marvel VS Capcom: Infinite foi lançado, apenas acimentou ainda mais a sensação da Capcom não estar a importar-se com os jogadores e a cada jogo que sai ser uma forma render mais dinheiro sem muito trabalho e/ou custo.

Os gráficos são dos pontos fracos de SFV. Como muitas personagens foram “encomendadas” a vários artistas diferentes, existe uma grande divergência de estilos e qualidade entre personagens. Como é o caso de Ken, Blanka e Abigail, que são alvos constantes de críticas dos fãs, e com razão, pelo facto de parecerem bonecos de plasticina brilhante. Muitas personagens no jogo têm um aspecto…peculiar. Mas depois temos outras que foram feitas com mais algum cuidado e não aprecem tanto pedaços moldáveis. Não existe um consenso visual nas personagens e o jogo perde muito com isso. Em termos de arenas, temos cerca 40, se contarmos com o dojo e arenas da Capcom Pro Tour. Algumas têm variáveis de natal/neve/velha guarda, mas ainda assim, costumam ser diferentes o suficiente para se tornarem únicas. Podem ver uma conferência de como a arte de Street Fighter V foi pensada e realizada.

Já a banda sonora é excelente, tirando um ou outro exemplo medíocre. Não que sejam más, mas que para um jogo de luta, convém ter música que seja mais ecléctica e electrizante. Temos até temas que dão uma nova vida a temas antigos, e outros completamente novos para o jogo, dando assim uma imagem mais única ao jogo, o que só é de realçar. O sound design continua muito bom, com vários elementos nos menus que conseguimos definir facilmente, tal como no combate, saber se um ataque é mais forte ou fraco, ou até mesmo um ataque especial. No geral, o departamento de som continua um dos pontos mais fortes que a Capcom tem do seu lado.

A jogabilidade de SFV:CE implementou algumas mudanças: temos agora dois V-TRIGGERS e duas V-SKILLS para escolher, lembrando um pouco a mudança que Street Fighter IV: Arcade Edition recebeu em 2012. Apesar das maiores mudanças terem sido feitas quando Street Fighter V: Arcade Edition, tal como o segundo V-TRIGGER, desta vez temos a opção de escolher a V-SKILL para cada personagem. Apesar de não ser uma mudança tremenda como o segundo V-TRIGGER, ainda assim poderá dar uma maior margem de oportunidade para atacar, dependendo de cada personagem.

A jogabilidade no geral está boa, sendo que algumas personagens simplesmente não têm um leque rico de opções, como por exemplo Falke, onde tudo sobre a personagem seja o design, história e movelist, é fraco e acabamos por nos esquecer que a personagem existe de todo. Existem outras personagens que tiveram novas adições e/ou subtracções de ataques, de forma a tentar dar uma nova cara e identidade, tais como o Ken e Poison, ou até mesmo personagens que são tal e qual a sua última iteração, mas no mais recente sistema SFV, como é o caso do Sagat. Falar de jogabilidade é muito difícil num jogo de luta, porque o jogo precisa de tempo para evoluir e ser reconhecidas todas as situações possíveis de ataque e/ou defesa. Apesar do jogo ser mais lento e por vezes ser mais difícil, ou mais fácil dependendo dos jogadores, a jogabilidade ainda continua a ser o ponto forte do jogo. Não acho que seja tão forte quanto o seu antecessor, mas ainda assim, temos um jogo minimamente divertido.

O jogo aumentou bastante o seu leque de modos offline e a forma como podemos ganhar personagens com FM (Fight Money) desde que foi lançado a primeira vez, aumentando cada vez mais a oportunidade de ganhar personagens novas e experimentar as ferramentas de cada uma. Mas no pacote Champion Edition, já temos todas as personagens desbloqueadas. Podemos, no entanto, desbloquear cores/fatos extra e itens para o nosso dojo, arena que personalizar de várias formas. Não é nada por aí além, mas sempre é uma arena nova. E em relação a fatos, temos cerca de 200, onde metade são para a Chun-Li. Talvez não seja metade, mas o número certo pode não estar longe, tendo em conta todos os fatos que a personagem tem no seu catálogo. Temos também vários modos de jogo, incluindo Arcade, Story, Missions, Challenges, Survival e mais, sem falar no modo online que é onde maioria dos jogadores passará grande parte do tempo, excepto quando estão no Training Mode a treinar todas as técnicas e tempos de resposta. Ou seja, o que não falta agora, são coisas para desbloquear e passar tempo, mesmo comprando a edição mais completa do jogo.

https://i.imgur.com/n7CjlNK.jpg

Já se passarem quatro anos desde o primeiro lançamento de Street Fighter V. Muito se passou nestes quatro anos, desde o desenvolvimento do jogo até à própria empresa. Três edições, quatro anos e várias personagens depois, conseguimos ver que existe uma vontade por parte da empresa em fazer algo pelo o seu único jogo de luta activo. Mas não sei se será um pouco pelo facto de ser o único título da Capcom que ainda consegue atrair interessados no mundo do eSports, tendo em conta que o jogo não foi abandonado como outros títulos mais recentes da empresa, continuando a render algum dinheiro a muitas marcas e empresas que investem no lado competitivo dos videojogos. É realmente uma mistura de sentimentos ver uma das séries mais importantes dos videojogos, e para mim, a ter que lutar pelo seu destaque tendo em conta que nunca houve melhor altura para os jogos de luta como agora, muito por culpa do seu antecessor, e perder muitas vendas por culpa de decisões anteriormente tomadas. Mas é bom ver que ainda assim, Street Fighter V: Champion Edition conseguiu redimir-se com esta actualização. Resta agora esperar que o seu sucessor tenha mais êxito no geral.

█ F.S.

Análise – Street Fighter V: Champion Edition

STREET FIGHTER V: CHAMPION EDITION está disponível para a PlayStation®4 e na STEAM® para o PC. Para mais informações, visita o website oaficial.

E já se passaram quatro anos desde o primeiro lançamento de Street Fighter V. Muito se passou nestes quatro anos, desde o desenvolvimento do jogo até à própria empresa, chegando-nos esta nova versão. Três edições, quatro anos e várias personagens depois, vamos ver como esta versão se distancia das anteriores.…

Street Fighter V: Champion Edition (PS4)

Jogabilidade - 85%
Gráficos - 80%
Som/Banda Sonora - 85%
Longevidade - 90%

85%

Muito Bom

Já se passarem quatro anos desde o primeiro lançamento de Street Fighter V. Três edições, quatro anos e várias personagens depois, conseguimos ver que existe uma vontade por parte da empresa em fazer algo pelo o seu único jogo de luta activo. Mas não sei se será um pouco pelo facto de ser o único título da Capcom que ainda consegue atrair interessados no mundo do eSports. É realmente uma mistura de sentimentos ver uma das séries mais importantes dos videojogos, e para mim, a ter que lutar pelo seu destaque tendo em conta que nunca houve melhor altura para os jogos de luta como agora e perder muitas vendas por culpa de decisões anteriormente tomadas. Mas é bom ver que ainda assim, Street Fighter V: Champion Edition conseguiu redimir-se com esta actualização.

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Filipe Silva
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One comment

1 Pings/Trackbacks for "Análise – Street Fighter V: Champion Edition"
  1. […] é a parte forte do jogo, infelizmente. Como o jogo é um arena fighter, muito diferente de outros jogos de luta, a jogabilidade tem de ser minimamente boa para se tornar viciante e desafiante ao mesmo […]

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