Menu

Análise – Dragon Quest VII: Fragments of the Forgotten Past

Dragon Quest VII foi desenvolvido pela Heartbeat e pela ArtePiazza, sendo lançado pela Enix no final de 2000 para a Playstation. As probabilidades de Dragon Quest VII receber um remake eram poucas, tendo em conta que o jogo é gigante e seria necessário traduzir uma grande quantidade de diálogos. Mas a Square Enix e a Nintendo decidiram dar ouvidos aos fãs e agora é possível jogar Dragon Quest VII na 3DS!

Para aqueles que não estão familiarizados com a franchise, Dragon Quest é um dos JRPGs mais vendidos no Japão. Quando a série chegou ao ocidente tinha o nome de Dragon Warrior e conta já com 10 jogos (não incluindo os spin-offs).

AVISO: Aqueles que estiverem a pensar jogar Dragon Quest VII deverão ter em conta que serão necessárias pelo menos 80 horas para terminar o jogo e falando por experiência própria, se estiverem alguns dias sem jogar a probabilidade de se perderem na história é enorme.

Começamos o jogo numa ilha com o nome de Estard. O sonho da nossa personagem (à qual podemos atribuir o nome que quisermos) é ser um grande pescador tal como o nosso pai Pollock. Mas tudo muda quando juntamente com o Príncipe Keifer encontramos o fragmento dum mapa que Pollock descobriu numa das suas viagens. Quando começamos a investigar a situação, descobrimos que existem outras ilhas para além de Estard e que o mundo antigamente era composto por mais continentes que desapareceram misteriosamente. As duas personagens eventualmente arranjam forma de visitar esses continentes num tempo passado e descobrem que o Demonlord é quem está por trás de todo este caos. Cabe-nos a nós e aos nossos companheiros resolver os problemas desses continentes no passado para que estes reapareçam no presente.

Como já disse anteriormente, a história principal de Dragon Quest VII é enorme e esta é composta por outras histórias adjacentes que nos levam a conhecer de uma forma íntima os NPCs presentes no jogo. Por vezes encontramos no presente aquela personagem que ajudámos no passado e é emocionante descobrir o quão importante fomos na vida dessas pessoas. Acabamos por criar uma ligação sentimental com alguns dos NPC’s, coisa que não acontece com muita frequência nos RPGs.

Olhando para algumas imagens da versão original do jogo, percebemos que a melhoria gráfica foi bastante significativa. Quando o jogo saiu originalmente para a Playstation, os gráficos não eram muito diferentes dos de um jogo de Super Nintendo e esse factor levou muita gente a afastar-se do jogo na altura. Agora com gráficos 3D e com a possibilidade de rodar o ecrã, o jogo torna-se muito mais acessível e a experiência é muito mais agradável.

O jogo também evoluiu imenso em termos de combate. Antigamente tínhamos uma imagem estática do(s) nosso(s) inimigo(s) que era complementada por simples animações de ataques e magias. Na versão de 3DS já conseguimos ver a nossa party duma perspectiva de 3ª pessoa e após escolhermos o ataque ou magia pretendida, a personagem sai do lugar onde está e vêmos esta a atacar o inimigo. Esta é uma melhoria muito importante, pois ao longo do jogo vamos participar em centenas, talvez milhares de combates visto que o jogo depende muito de grinding. Para quem não conhece o conceito, grinding é o processo de lutar com monstros de forma contínua para ganhar experiência e items. Os encontros com os inimigos também deixaram de ser aleatórias. Agora os inimigos aparecem enquanto exploramos o mapa e o combate começa assim que nos aproximamos deles.

As batalhas tornam-se mais interessantes assim que é desbloqueado o sistema de classes. Cada personagem pode ter apenas uma classe activa ao mesmo tempo, e à medida que o nível da mesma aumenta ganhamos skills específicas dessa classe. Se dominarmos várias classes, ganhamos acesso a outras mais avançadas como é o caso da classe Armamentalist, que é desbloqueada ao dominar a classe Warrior e Mage. Ao derrotarmos alguns monstros específicos, podemos também receber corações que dão acesso a classes especiais baseadas nas skills dos mesmos.

A nova versão implementa também no jogo o uso do StreetPass. Como é que este funciona? Passo a explicar:
O jogador ao conectar-se com outras pessoas através de StreetPass, pode enviar monstros recrutados ao longo da sua aventura para partilhar fragmentos especiais. Cada conexão irá aumentar o nível desse monstro e também irá desbloquear novas dungeons com monstros mais fortes.

A música de Dragon Quest VII foi composta por Koichi Sugiyama e encaixa no jogo incrívelmente bem. A maior parte das músicas são bastante memoráveis e é difícil encontrar palavras para descrever a sua beleza. O que não compreendo é o facto da versão Europeia vir com a soundtrack em MIDI, ao contrário da versão Japonesa que teve direito a um arranjo orquestral. Não é por isso que deixamos de desfrutar a banda sonora, mas é claro que uma orquestra real têm outro impacto.

Dragon Quest VII foi desenvolvido pela Heartbeat e pela ArtePiazza, sendo lançado pela Enix no final de 2000 para a Playstation. As probabilidades de Dragon Quest VII receber um remake eram poucas, tendo em conta que o jogo é gigante e seria necessário traduzir uma grande quantidade de diálogos. Mas…
JOGABILIDADE - 85%
GRÁFICOS - 95%
SOM/BANDA SONORA - 75%
LONGEVIDADE - 80%

84%

Não é o meu Dragon Quest favorito e não recomendo a quem nunca tenha jogado um título da série. O jogo exige muitas horas de dedicação e pode tornar-se um pouco massador. No entanto, irá certamente agradar aos verdadeiros fãs de Dragon Quest ou a qualquer pessoa que goste de RPGs que possuam uma história com um elevado grau de profundidade.

User Rating: Be the first one !
Francisco Xavier
Latest posts by Francisco Xavier (see all)

Sem Comentários

Deixe um comentário

Segue-nos no Instagram

This error message is only visible to WordPress admins

Error: No posts found.

Make sure this account has posts available on instagram.com.

Junta-te a nós no facebook

Vídeo em destaque

30 minutos de Jogabilidade

MOSH BITAITES

Próximos Lançamentos