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Análise – Dark Deity – PC

A comunidade de fãs de Fire Emblem, que tinha ficado dececionada com a ausência de notícias da saga na E3, pode refrescar-se agora com Dark Deity, um novíssimo RPG Tático desenvolvido por Sword & Axe. A versão beta está disponível na Steam desde junho.

No reino de Delia, começamos com Maren, Alden, Garrick e Irving, um grupo de guerreiros estudantes forçado numa aventura, quando o Rei Varic ordena que todos os aprendizes se juntem a uma súbita guerra. Em cada capítulo temos as cenas de desenvolvimento, seguidas de uma batalha por turnos. Tem um total de 28 capítulos.

O nosso elenco contém várias classes e armas com vantagens/desvantagens contra classes de inimigos específicas, representadas pelas setas verdes/vermelhas ao selecionar as personagens. São determinadas pelo tipo da arma do atacante versus o tipo de armadura do defensor.

À medida que se progride, novas personagens juntam-se ao elenco e temos a possibilidade de escolher as suas classes.

Dark Deity tem características únicas que complementam bem as mecânicas inspiradas por Fire Emblem:

– Não há permadeath (as personagens não se perdem definitivamente quando morrem), mas as personagens perdem stats quando morrem;
– as promoções (reclass) não só sobem stats, como também baixam;
– as armas dispensam reparação, pois têm uso ilimitado, mas é possível fazer upgrade com tokens;
– inúmeras armas e feitiços.

No menu do Acampamento é onde podemos assistir às Bond Scenes, gerir itens e upgrades das personagens. As personagens constroem relações para desbloquear as Bond Scenes quando estão próximas nas batalhas, tal como o Support System de Fire Emblem. É onde vemos o desenvolvimento das personagens e como interagem umas com as outras fora do campo de batalhar, revelando idiossincrasias e histórias do passado.

Quanto à longevidade, Dark Deity não é um jogo muito extenso. Cada batalha pode durar cerca de uma hora (ou menos para jogadores mais proficientes), portanto é possível passar o jogo em 30 horas.

Por outro lado, quando as personagens passam de nível, os stats que melhoram são aleatórios, o que faz com que cada playthrough seja único de acordo com a gestão do jogador, aumentando o valor de replay. A dada altura, com tantas personagens novas que juntam à equipa, é preciso escolher quem vai à luta e quem fica. As personagens novas têm quase sempre nível mais elevado e por isso cria-se um fosso entre essas e as que tínhamos no início.  Em especial, se as personagens morrerem constantemente, não há forma de as treinar sem ser na batalha. Tenho que escolher entre ter mais elementos com nível mais alto, à custa de perder algumas coisas. Por exemplo, tive de desistir do Elias depois de ele morrer em várias batalhas seguidas. Por isso, ao deixar de o trazer para as batalhas, perdi as suas bond scenes com outras personagens.

Como fã deste tipo de jogo, percebi de forma intuitiva o que tinha de fazer. Porém, sinto que jogadores que sejam novatos neste género podem não perceber tão bem os objetivos e mecânicas, tendo de ler os tutoriais que estão disponíveis durante as batalhas. Além disso, antes não era possível gravar durante as batalhas, mas, entretanto, já saiu um patch com correções.

Alguns jogadores queixaram-se de problemas de performance e bugs, mas no meu caso não tive quaisquer problemas.

Para mim, a narrativa é essencial nos jogos. Claro, também gosto de jogos que não tem essa componente de forma alguma. Ainda assim, em Dark Deity, a narrativa podia (e devia) ser melhorada, de modo a tornar-se ainda mais viciante.

Algumas personagens têm maneirismos semelhantes, que resultam em personagens parecidas e que não se destacam umas das outras. Para ilustrar isto, as bond scenes da Cia com a Bianca ou com o Irving tinham basicamente a mesma conversa. A Cia podia tornar-se multidimensional se mostrasse outras facetas (e estou a ser vaga para evitar spoilers). Além disto, não sabendo se as novas personagens ficam muito tempo na equipa ou não, é difícil saber se devo investir nelas ou não.

Outro aspeto de notar cenas-chave climáticas foram um tanto enfraquecidas pela forma como as personagens reagiram e pelo timing dos eventos.

Não é que não tenha gostado, mas a narrativa podia ser a cereja no topo de um bolo já de si delicioso.

arte gráfica em Dark Deity é fantástica: desde desing das personagens ao layout dos mapas. Adorei o contraste entre cut scenes, onde as personagens são apresentadas com detalhe, e as cenas de batalha, em pixels e com animações engraçadas. São todas espetaculares e conseguem conectar tudo com a atmosfera do jogo.

banda sonora, ainda que não seja variada, tem temas únicos, épicos e que ficam no ouvido.

Como Dark Deity ainda está em fase beta, é compreensível que não tenha sido completamente dobrado. No entanto, gostaria imenso de ver essa dobragem acontecer numa outra fase! Há comentários ocasionais por parte das personagens nas bond scenes ou quando sobem de nível. Estes às vezes são confusos porque não correspondem ao que aparece no texto.

Devo dizer que, apesar de tudo, adorei Dark Deity e diverti-me imenso! O combate é muito bom e era mesmo aquela dose de RPG Tático que eu precisava. Ainda que não me tenha apaixonado pela narrativa, as batalhas foram desafiantes (joguei em modo Normal), e os níveis e “inteligência” dos inimigos foram adequados. Recomendo vivamente a fãs deste tipo de jogo.

Nota: Código do jogo da Steam gentilmente fornecido pela editora.
Em parceria com Writemosphere.

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