The Last of Us Parte II foi um dos melhores jogos algumas vez já feitos em toda a história dos videojogos, sendo que todas as premiações que recebeu são um reflexo da qualidade sem precedentes que este título nos trouxe.
The Last of Us Parte II Remastered, chega como uma versão definitiva do jogo para a PlayStation 5 e conta não só conta com melhorias gráficas, como um novo modo de jogo e diversos conteúdos extra.
Os jogadores podem comprar a versão completa do jogo, ou fazer o upgrade da sua edição de PS4 por um pequeno valor através da PlayStation Store.
A história do The Last of Us Parte II é uma das mais arrojadas abordagens para uma sequela de sempre. Neil Druckman transportou-nos para alguns anos depois dos acontecimentos do primeiro título, com Ellie e Joel a viveram de forma pacata na vila de Jackson. Tudo estava bem, até que um acontecimento trágico recai sobre os protagonistas, levando Ellie até Seattle em busca de vingança, acompanhada da sua namorada Dina.
O certo é que mesmo os fãs que já terminaram este jogo vezes sem conta, a história continua a arrepiar, e recomeçar a jornada, ver aqueles minutos iniciais novamente com os olhos de quem sabe o que vai acontecer, tem um impacto emocional ainda mais arrasador.
O que manteve de bom?
Mas a história já a conhecemos, e no fundo todo o jogo também, visto que este é um remaster que mantém toda a base do jogo acrescentando algumas melhorias e extras. Colocando as duas versões lado a lado, ainda é surpreendente as conquistas a nível técnico deste jogo.
As animações tanto dos personagens como dos NPC’s continuam com a sua qualidade surreal, com animações dos lábios, língua e boca a atingirem a perfeição em representar a fala dos personagens, expressões faciais e mico expressões faciais fazem com que tanto as falas como as emoções dos personagens se transmitam de forma tão transparente, que parece que estamos de facto na presença de um filme.
Todos os detalhes nas roupas, nos cabelos, pequenas coisas por todo o mundo do jogo, interação com o ambiente, a IA dos inimigos, tudo continua a surpreender tanto na versão original como neste remaster.
As grandes novidades
Mesmo tudo sendo já tão perfeito no jogo original, consegui sentir uma melhoria visual, em que tudo parece mas bonito, mais cinemático e em parte mais real. Esta melhoria consegue perceber-se principalmente em detalhes como o suor na cara das personagens, os detalhes dos poros da pele, as fibras da roupa e até nas animações faciais, principalmente durante a gameplay. O sistema de partículas parece também ter muito mais detalhes, o que faz sentido sendo um dos processos que mais exige do hardware num jogo, principalmente nos esporos, pequenos detalhes de pó no ar e com a queda de neve. Os detalhes de sujidade na lanterna que passam para o nosso ecrã também estão muito mais nítidos, e a água e a neve parecem ter ainda melhores físicas e por isso serem visualmente mais realistas.
E sim, podem importar a save file do vosso progresso na PlayStation 4 e continuar na PlayStation 5, ou utilizar esse progresso para um New Game+.
Modo sem Retorno
O modo sem retorno é uma das grandes novidades desta versão remasterizada do jogo. Este é um modo roguelike onde em cada run temos uma série de caminhos e encontros diferentes. Cada encontro é aleatório, e podemos ter de enfrentar desde hordas de clickers, hordas de runners, hordas de stalkers e até hordas de WLF, onde podemos ter uma abordagem mais stealh ou uma abordagem mais de ação. Todos estes encontros ocorrem em áreas icónicas do jogo e culminam numa grande boss fight, sendo que a cada run concluída, desbloqueamos um novo tipo de boss.
No fim de cada ronda recebemos uma classificação por letras, sendo que S é a melhor possível. Além disso, recebemos algumas recompensas e podemos comprar mais equipamentos ou fazer melhorias aos atuais entre cada uma das rondas, que podemos manter durante toda a run e que reinicia quando perdemos ou terminamos a run. Estas alterações e melhorias são feitas no esconderijo que funciona como uma base, que é onde também podemos consultar o nosso progresso e escolher a nossa próxima ronda da run num quadro de planos, ou árvore de níveis.
Inicialmente temos a Ellie e a Abby desbloqueadas, mas ao concluirmos objetivos e missões, vamos desbloqueando novas personagens para jogar e novas roupas para essas mesmas personagens, dando algum replay value a este modo.
Níveis Perdidos
Os níveis perdidos também são um extra interessante. Aqui temos três níveis em estado pré-alfa que foram removidos do jogo final. Os comentários e vídeos introdutórios de cada nível perdido contam o contexto desses níveis e aquilo que seria possível fazer no resultado final. É incrível ver os detalhes que seriam colocados em cada nível, sendo que alguns desses níveis teriam carga uma carga emocional bastante pesada, e outros seriam perfeitos para aproveitar os pequenos detalhes a que a Naughty Dog sempre nos habituou.
É uma abordagem interessante e além de dar uma nova perspetiva sobre aquilo que é produzir um videojogo, dá também uma nova perspetiva sobre o próprio jogo em si, e tudo aquilo que ainda tinha potencial de fazer parte dele, do quão mais perfeito este ainda tinha a possibilidade de ser.
Tocar Guitarra Livremente
Depois de todos os vídeos virais e covers feitos pelos fãs com o sistema que permite aos jogadores tocarem guitarra de forma bastante precisa dentro do jogo, o modo “tocar guitarra livremente” permite agora que possam tocar guitarra quando quiserem sem terem de ter uma save file específica das partes do jogo onde isso é possível. Foi um miminho interessante que a Naughty Dog colocou para os fãs, que ficou ainda melhor com o feedback háptico.
O que poderia ser melhor?
Honestamente esperava uma diferença gráfica mais significativa, apesar de saber que é sempre algo residual quando falamos de um remaster e não de um remake. O jogo na PlayStation 4 já por si é muito bonito, e parece mais de geração atual que muitos dos lançamentos para esta geração, por isso já seria difícil superar isso, mas mesmo assim sinto que a Naughty Dog poderia ter-nos surpreendido mais uma vez neste aspeto. O Dualsense foi bem adaptado em geral, mas podia ter sido feito muito mais com o feedback háptico e principalmente com os gatilhos adaptativos.
Já em termos de gameplay em si, podiam ter sido melhoradas algumas coisas, e foram encontrados pequeno bugs com os NPC’s em Jackson, mas tendo sido jogada uma versão que não é a final do jogo, acreditamos que serão corrigidos na versão que irá chegar ao público.
Veredicto
The Last of Us Parte II Remastered é a versão definitiva de uma obra prima. Quem ainda não jogou este título, sugiro vivamente que jogue esta versão e não a original, tendo em conta tudo o que tem de melhor em comparação com o original. Para os fãs que já jogaram vezes sem conta este título, esta é a desculpa perfeita para voltarem a jogar o jogo, sendo que com um pequeno upgrade da vossa versão da PS4, podem jogar alguns extras e ainda ter uma nova experiência com este grande jogo.
Para mais informações sobre o The Last of Us Parte II Remastered, visita o site oficial da PlayStation.
The Last of Us Parte II Remastered
História - 100%
Jogabilidade - 100%
Gráficos - 100%
Som/Banda Sonora - 100%
Longevidade - 100%
100%
Excelente
The Last of Us Parte II Remastered é a versão definitiva de uma obra prima. Quem ainda não jogou este título, sugiro vivamente que jogue esta versão e não a original, tendo em conta tudo o que tem de melhor em comparação com o original. Para os fãs que já jogaram vezes sem conta este título, esta é a desculpa perfeita para voltarem a jogar o jogo, sendo que com um pequeno upgrade da vossa versão da PS4, podem jogar alguns extras e ainda ter uma nova experiência com este grande jogo.
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