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Storebound – Primeiro Playthrough & Análise

Esta foi a minha primeira playthrough de Storebound, e este jogo apanhou-me de surpresa logo no início. Eu estava à espera de algo mais na linha de Lethal Company ou R.E.P.O.. Entrar a correr, agarrar em coisas, sair a correr, morrer de forma estúpida. Em vez disso, Storebound atirou-me para algo mais estranho, mais atmosférico e muito mais focado em puzzles do que pensei. A estética é de um supermercado surreal, como se o Windows 95 tivesse engolido o The Muppets e cuspido um delírio neon. E, surpreendentemente, resulta.

O começo é rápido, quase demasiado rápido. És atirado para dentro de uma loja gigantesca/centro comercial com várias tarefas e objetivos, e por instantes nada faz sentido. Passas de corredor em corredor sem ter a certeza do que deves apanhar ou para onde ir, e o silêncio entre aquelas luzes brilhantes só aumenta a sensação de desorientação. Mas não é o tipo de desorientação frustrante. É aquela que te faz pensar, “Ok... o que raio é este sítio?”, e a curiosidade acaba por puxar-te para a frente. O objetivo é simples: escapa. Sim, estilo escape-room, mas mais dinâmico. Por agora sairam apenas 2 episódios/mapas e os restantes sairão em 2026.

(Alerta de Spoilers!)

O momento em que Storebound finalmente fez clic para mim foi no Capítulo Dois. Há uma secção onde um dos meus amigos vai parar a um labirinto enquanto eu e o outro ficamos numa sala de segurança. Seis câmaras fixas, um mapa estático onde não conseguíamos ver a posição dele, e um painel cheio de botões com símbolos que não faziam sentido nenhum à primeira vista. A pessoa no labirinto tinha de descrever tudo o que conseguia ver lá dentro (objetos, luzes, símbolos) e nós tínhamos de decifrar onde ele estava e ativar mecanismos na sala para abrir portas ou mover plataformas. Parecia que estávamos enfiados dentro de um cérebro cooperativo, os três a tentar alinhar os nossos mapas mentais com a linguagem do jogo. Foi brilhante. Stressante, hilariante e incrivelmente satisfatório, da forma como só um puzzle assimétrico bem desenhado consegue ser.

Quase não toquei nos consumíveis e upgrades durante a primeira run, por isso ainda não percebo totalmente a profundidade do sistema de progressão. Parece estar ligado às habilidades/passivos que desbloqueias ao longo de várias runs. Mesmo assim, a falta de clareza não chegou a ser um problema. Consegui avançar a maior parte do tempo sem saber exatamente como usá-los.

O jogo vive muito da cooperação. Há voice chat por proximidade, walkie-talkies e um sistema de sanidade a infiltrar-se silenciosamente em tudo, mesmo que não dês por ele na primeira vez que jogas. Há momentos mais calmos em que cada um pode explorar sozinho, mas o jogo brilha mesmo é quando te obriga a trabalhar em conjunto. No início apoiei-me bastante nos meus amigos enquanto tentava perceber a lógica daquele sítio, mas quando finalmente nos sintonizámos com o ritmo do jogo, tudo começou a fluir. Storebound parece feito para grupos pequenos que gostam de conversar, experimentar e resolver problemas juntos. Sozinhoa? Talvez funcione, talvez não; ainda não tive coragem de tentar!

E já que falamos de personalidade, o jogo tem muita. Os empregados/monstros patrulham a loja, mas não são omnipresentes nem particularmente agressivos. Funcionam mais como pequenas interrupções estranhas do que como uma ameaça principal. O verdadeiro “perigo” é a atmosfera, aquela quietude artificial, as animações retro, e a sensação constante de que este megastore funciona segundo regras que não foram feitas para seres humanos perceberem.

Quanto à dificuldade, está num ponto ótimo: suficiente para puxar pela cabeça sem se tornar irritante. A minha única dúvida é a rejogabilidade. Se os capítulos não mudarem ou não forem aleatorizados, não sinto necessidade de repetir. Mas como primeira experiência, foi mesmo memorável.

Storebound é perfeito para quem gosta de puzzles cooperativos, mundos invulgares e um terror leve que se inclina mais para o cómico do que para o assustador. É engraçado, inventivo e estranhamente carismático. Se a Embers continuar a construir em cima disto, pode vir a ser uma das experiências co-op mais distintivas do género.

VEREDITO: Vão comprar! ????

????STOREBOUND First Playthrough: Why Are the Employees Trying to Kill Me?

Notas:

• Versão em inglês ????Writemosphere
• Jogado em co-op com 3 jogadores.

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