Algumas vezes vemos lançamentos que passam um pouco por baixo do radar, e até é bastante comum, mas não podemos deixar de estranhar quando esse lançamento é de um exclusivo de uma das maiores marcas de videojogos do mundo.
Lost Soul Aside foi um destes casos, lançado há alguns meses, pelas mãos da Ultizero Games, e publicado pelos PlayStation Studios, e poucos foram aqueles que deram pela sua chegada. Não foi ao acaso, Lost Soul Aside ficou muito aquém daquilo que poderia ser ou que os trailers alguma vez deram a entender que poderia ser. E já passou algum tempo, mas precisei de ir ao meu ritmo para terminar este jogo e dar uma opinião devidamente fundamentada, porque de facto não me consegui apegar ao jogo com a mesma facilidade do que a outros títulos.
A história deste jogo foca-se em Kaiser, que embarca numa aventura para salvar a sua irmã Louisa, depois da sua alma ter sido roubada por invasores interdimensionais chamados Voidrax, que chegaram ao planeta através de uma chuva de meteoros. Kaiser alia-se a Arena, um Voidrax com aspeto de dragão, para derrotar os invasores e recuperar todas as almas roubadas. Ou seja, não é uma história surpreendente, nem muito única, mas cumpre o papel de dar um motivo para a ação do jogo.

O grande ponto fraco de Lost Soul Aside está na sua gameplay. O jogo não traz nada de novo, nada fresco, parece uma grande mistura de mecânicas do Final Fantasy e Devil May Cry, com um leve toque de soulslike. Isto tanto no combate como na exploração.
A exploração é linear, temos um caminho reto, tal como nos recentes remakes do Final Fantasy VII, sem grande possibilidade de exploração livre. O combate foca-se em combos, esquiva, fazer parry e alternar entre os 4 tipos de armas corpo a corpo que temos disponíveis. Além disso temos o Arena, que já mencionei quando falei da história, e que nos proporciona poderes especiais, fundindo-se com Kaiser.

As armas podem ser personalizadas e melhoradas, com um pormenor que considerei curioso. Porque não só podemos adicionar acessórios que fazem melhorias á arma em determinadas stats, uma espécie de charms, como ainda podemos escolher o seu posicionamento na própria arma. Esta alteração é refletida na apresentação visual da arma quando estamos a usá-la, o que é um ponto diferenciador, mas ao mesmo tempo não acrescenta muito ao jogo, e é só um preciosismo meio desnecessário.
Já as melhorias do nosso personagem, ou a nossa árvore de habilidades, estão diretamente ligadas às nossas armas, algo que tenho mixed feelings. Isto porque as melhorias de coisas como o nosso ataque ou a nossa stamina, por vezes estão numa parte da árvore de habilidade de uma arma específica, onde temos de desbloquear diversos ataques ou combos desinteressantes ou desnecessários antes de podermos desbloquear estes. Todas as melhorias e habilidades dependem de pontos de habilidade para poderem ser desbloqueados, que podemos acumular ao combater inimigos, abrindo baús, ao completar pequenos desafios, etc.

Os gráficos do jogo também não surpreendem. São bastante “rasos” e parecem até um pouco ultrapassados para o ponto da geração em que estamos. As animações também não ajudam a fazer os gráficos do jogo brilhar. Enquanto isso, os visuais são extremamente semelhantes aos de Final Fantasy, mas versão downgraded.
Tudo isto faz com que Lost Soul Aside seja na verdade um jogo medíocre, que não passa dessa mediocridade e não consegue se destacar nem ser efetivamente bom. Parece um rip-off da loja dos 300 de títulos de culto, que não se destaca nem tem essência própria.
Lost Soul Aside
História - 50%
Jogabilidade - 50%
Gráficos - 50%
Som/Banda Sonora - 50%
Longevidade - 50%
50%
Razoável
Tudo isto faz com que Lost Soul Aside seja na verdade um jogo medíocre, que não passa dessa mediocridade e não consegue se destacar nem ser efetivamente bom. Parece um rip-off da loja dos 300 de títulos de culto, que não se destaca nem tem essência própria.
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