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Entrevista a Ric Larcher Pires da Lisbon Tech Zone

Nos dias 1, 2 e 3 deste mês, estreou um novo evento de videojogos e tecnologia na Biblioteca de Marvila:
O Lisbon Tech Zone, organizado pela Code Exordium, é um evento focado em tecnologia do futuro, negócios e desenvolvimento. Contem exposições, experiências interativas, palestras e workshops à volta das áreas da tecnologia. Procura ter oportunidades para estudantes e novatos das áreas mas também servir como um espaço de networking para os diversos intervenientes destas indústrias.

Tive o prazer de participar no segundo dia do evento numa palestra dedicada a Retro Gaming e de vos trazer esta entrevista com o organizador do evento, Ric Larcher Pires, chairman da Code Exordium. Ric desenvolve tecnologia há mais de 15 anos, tendo-se focado em desenvolvimento de videojogos. Já trabalhou desde software genérico até tecnologia militar. Os seus objetivos, criar soluções que ajudem a melhorar o mundo.

 

Moshbit:
Como surgiu a Lisbon Tech Zone e de onde veio o desejo/necessidade de criar este evento?

 

Ric:
O Lisbon Tech Zone surgiu da ideia de montar um evento focado em tecnologia e também da sua
integração com vários outros sectores, de igual forma tem como objetivo servir como uma plataforma B2B
mais acessível para empresas de diferentes sectores e ter portas abertas a estudantes e entusiastas da área
que queiram aprender e crescer a sua rede de networking.

 

Moshbit:
Tendo em conta que a tecnologia e os videojogos estão de constante braço dado, quais as tuas
expectativas e previsões para o futuro dos videojogos?

 

Ric:
Bom, eu vejo um futuro bastante diferente e promissor no que toca ao mundo dos videojogos, seja vindo
de tecnologia como a que anunciámos no evento a convidados e iremos anunciar publica e
internacionalmente em 2024, seja por outras tecnologias emergentes como ChatGPT, Leonardo.AI, e até
mesmo os avanços tecnológicos de engines como Unreal Engine 5.

 

Moshbit:
Um dos painéis no evento foi sobre Inteligência Artificial. Quão achas que estas novas
ferramentas vão afetar o nosso quotidiano, tanto profissional como no lazer?

 

Ric:
Realisticamente, temos dois pontos que devemos observar, primeiro é que Inteligência Artificial é um
termo errado, pois a capacidade intelectual destas máquinas é limitada ao código escrito, elas não
aumentam as suas ligações inteligentes nem criam novas formas de pensar. Seria mais correto chamar-lhes, modelos de comportamento avançado ou interfaces virtuais, são apenas emulações de inteligência.
Num segundo ponto, nós já usamos conteúdos deste estilo há mais de uma década, simplesmente não de
forma tão marcante ou vincada como hoje em dia, no entanto acho que vão contribuir mais positivamente
do que negativamente, mas, apenas depois da sociedade se ajustar a sua existência, até lá, iremos ver
imensas decisões feitas à volta destas “Inteligências Artificiais” que são negativas e mal fundamentadas
em longo termo.

 

Moshbit:
Como vês o desempenho e evolução do Game Design em Portugal? Estamos perante um
mercado em expansão, ou é ainda uma área de nicho?

 

Ric:
Acho que focar apenas na questão de Game Design é contra-produtivo para os restantes intervenientes
do desenvolvimento de videojogos. Acho que em geral, Desenvolvimento de Jogos é uma área já em
expansão no território nacional, no entanto, o mercado consumidor português tem pouca noção da
existência desta indústria em Portugal, por vezes, nem sabendo que jogos que jogam são de autoria
portuguesa.
Por exemplo, ainda há pouco tempo, falando do jogo Those Who Remain da Camel 101 algumas pessoas
disseram-me que era um jogo na sua wishlist da Steam, mas não faziam ideia que era desenvolvido em
Portugal, muito menos, por um estúdio com mais de 10 anos de existência.
Muitos Portugueses, têm vingado no mercado internacional, porém há falta de oportunidade no país,
mais devido à falta de apoios a empresas e outras circunstâncias do que falta de empresas/postos de
trabalho, mas tenho uma esperança positiva para o futuro próximo, em que muito pode vir a mudar, para
melhor!

 

Moshbit:
O que podemos esperar e, para quando, da próxima edição da Lisbon Tech Zone?

 

Ric:
O Lisbon Tech Zone foi um evento-piloto, pelo que serviu de certa forma, para aprendermos mais e
perceber se o formato funciona para nós ou não. É cedo para dizer o que esperar de uma próxima edição
ou do quando será, pois não temos ainda certeza se vamos fazer uma próxima edição, no entanto,
estamos inclinados para essa hipótese mas apenas podemos concluir pós uma avaliação extensiva desta
edição e do feedback dos convidados e parceiros.
Mas, caso haja uma nova edição, não será em 2024, potencialmente apenas para 2025.

Podem acompanhar as notícias da Lisbon Tech Zone na página de Instagram.

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