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Análise – Two Point Hospital

Two Point Hospital é um jogo de simulação de negócios, neste caso em específico um hospital, sendo que as doenças mais comuns seriam as mais bizarras num hospital normal, mas não é por isso que deva ser deixado de lado. Esta é a sequela espiritual de Theme Hospital, um dos jogos da época de ouro da Bullfrog Productions, companhia agora defunta, mas com um catálogo de invejar no mundo dos videojogos, e foi recentemente lançada para consolas. Será que a nostalgia irá bater mais forte do que é costume ou será Two Point Hospital uma sequela digna do legado da equipa?

Para quem não conhece Theme Hospital, o jogo tinha como tema fundamental o funcionamento de um hospital, onde existiam todo o tipo de doenças e um toque de comédia à mistura. Aqui, é praticamente igual. O jogo apesar de ser sobre um assunto sério, a saúde dos pacientes, não se leva muito a sério. Temos todo o tipo de doenças, grande maioria fictícias, que temos que tratar  de forma a podermos render o máximo possível e assim tornar o nosso hospital auto-sustentável. A premissa em si é simples, mas a melhor forma de a conseguir nem sempre assim o é. Então, começamos com as fundações de um hospital, pronto a construir o interior das salas e espaços comuns, de forma a que os pacientes se sintam (quase) em casa, tal como os profissionais. Temos também que garantir que tenham à disposição todo o tipo de tratamentos necessários para as suas maleitas, e que possam recuperar com todo o conforto necessário. É possível escolher todo o tipo de salas para construir, desde gabinetes de urgência geral, passando por salas de recuperação, e até mesmo salas especializadas.

https://i.imgur.com/2E7XAh8.jpg

Para termos uma equipa unida, temos sempre que dar um salário justo para os nossos profissionais, de forma a os motivar ao máximo, principalmente quando existem situações complicadas, tais como epidemias ou surtos. A gestão de um hospital não é fácil, mas sem os profissionais, nada disto acontece, muito menos com salários abaixo daquilo que é suposto. E saber gerir, não é só construir, é preciso também ter em atenção ao espaço utilizado e que dá conforto a quem o está a utilizar ou para quem lá trabalha. Depois de terem estes princípios, o jogo quase que se joga sozinho. Existem vários tipos de hospitais (central, regional e até universitário), onde podemos vários tipos de actividade conjunta no hospital. E depois de tudo isto, é preciso gerar lucro. Para um jogo deste género, é preciso tirar o chapéu pelos controlos, que estão muito bem posicionados e que são relativamente fáceis de “apanhar o jeito”. Apesar da jogabilidade em si não variar muito, as mecânicas e as regras de jogo estão constantemente a ser alteradas, dando sempre uma nova vida a cada novo desafio.

Todo o visual do jogo é carismático, com personagens que parecem ter saído dum filme de “Wallace & Gromit”, sempre com um ar engraçado. Claro, tendo este jogo como tema principal a saúde, é necessário levar sempre com um toque de humor, pois nem todos os pacientes sobrevivem, o que consegue ser sempre um tema pesado e sombrio. Mesmo com este estilo visual simples, existem momentos em que muita coisa acontece, e ainda assim o jogo comporta-se muito bem. Apesar de não espantar ninguém com os seus gráficos, tudo o que é aqui apresentado foi feito com muito interesse para que seja uma óptima experiência, principalmente pelo facto do jogo poder durar meses, se assim o quisermos.

Em termos de longevidade, temos uma campanha e várias expansões neste pequeno pacote, o que dará entretenimento aos jogadores durante muito tempo. Tal como foi referido anteriormente, a jogabilidade não evolui muito para além daquilo que podemos fazer desde o primeiro jogo, e por vezes poderá tornar-se repetitiva, mas fá-lo muito bem, e com cada novo obstáculo à frente, teremos que saber gerir muito bem o hospital e tudo o que o influencia. Existem algumas expansões já presentes na versão PC que irão ser lançadas para consolas no futuro, portanto o jogo só tem coisas a favor para quem gosta de dedicar muito o seu tempo a um certo género de jogo.

A banda sonora é capaz de ser o ponto mais fraco deste jogo. Não que seja má, não o é, mas acaba por ser um pouco genérica, ainda que seja acompanhada por uma rádio com anúncios e pequenos segmentos que dão um toque único ao jogo e a todo o seu humor. A música não repetitiva ou irritante o suficiente para repararmos nela, mas o contrário também não acontece, sendo que facilmente se esquece que o jogo tem música de todo. O sound design do jogo está também presente, mas fora pequenas situações, não marca assim tanta presença como devia. No entanto, acontecem por vezes situações em que aparece e nos surpreende, mas são raras.

Apesar de nem tudo neste jogo ser de máxima qualidade, a soma de todas as partes é definitivamente um jogo muito bom e altamente viciante. Facilmente se perde uma horas a jogá-lo e quando olhamos para o relógio, já devíamos estar a dormir há cinco horas atrás. E essa sensação não é fácil de conseguir, seja que jogo for. Este jogo é também para quem gosta de gerir todo o tipo de coisas, este jogo pode ser uma forma de experimentar coisas novas, sem colocar ninguém em perigo real e ainda assim, chegar ao fim do dia e ter sido bastante divertido. Um bom sucessor a Theme Hospital.

█ F.S.

Análise – Two Point Hospital

TWO POINT HOSPITAL está disponível para a Nintendo Switch, PlayStation®4, Xbox One, e na STEAM® para o PC. Para mais informações, visita o website oaficial.

Two Point Hospital é um jogo de simulação de negócios, neste caso em específico um hospital, sendo que as doenças mais comuns seriam as mais bizarras num hospital normal, mas não é por isso que deva ser deixado de lado. Esta é a sequela espiritual de Theme Hospital, um dos…

Two Point Hospital (PlayStation 4)

Jogabilidade - 89%
Gráficos - 80%
Som/Banda Sonora - 75%
Longevidade - 98%

86%

Muito Bom

Apesar de nem tudo neste jogo ser de máxima qualidade, a soma de todas as partes é definitivamente um jogo muito bom e altamente viciante. Facilmente se perde uma horas a jogá-lo e quando olhamos para o relógio, já devíamos estar a dormir há cinco horas atrás. E essa sensação não é fácil de conseguir, seja que jogo for. Um bom sucessor a Theme Hospital.

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Filipe Silva
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One comment

1 Pings/Trackbacks for "Análise – Two Point Hospital"
  1. […] este jogo. Existem jogos que tentam simular a experiência de vários trabalhos, como é o caso de Two Point Hospital que dá um toque personalizado e humorístico a um assunto muito sério, tornando assim a […]

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