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Análise – The Last Of Us Parte I

The Last Of Us foi dos poucos jogos que me conseguiu agarrar de imediato com a sua narrativa e me prendeu ao título pela sua abordagem ao género stealth. Quando soube da nova remasterização para a PlayStation 5, deu-me vontade de jogar novamente o título. E com esta desculpa, era a melhor forma de também continuar com a história com o The Last Of Us Parte II. Um bom jogo com uma “pintura nova”, tem tudo para ser bem sucedido.

A história de The Last Of Us Parte I é o seu ponto mais forte, desde a primeira iteração do jogo, e continua a ser de excelência. As motivações de cada personagem, a forma como cada uma reage a certa situação que aparece à frente, tendo em conta o estado do mundo neste universo, todas estas partes parecem minimamente genuínas. E se têm alguma dúvida disto, basta assistir ao nosso vídeo acima e testemunhar a parte introdutória do jogo que é absolutamente de cortar o coração. Provavelmente quem está a ler esta análise já conhece a história, mas caso contrário, o mundo é virado de pernas para o ar quando de repente começam a aparecer infecções dum novo vírus que simplesmente apaga a memória do hospedeiro, um pouco por todo o planeta.

Este vírus, chamado de Cordyceps, tem uma inspiração no mundo real e basicamente torna o hospedeiro num zombie. Durante anos, a população tem combatido os zombies, caçadores e forças especiais governamentais, tentando defender tudo o que é seu por direito, mas duas décadas depois e temos um mundo apocalíptico, apenas um mero reflexo daquilo que foi em tempos. No entanto, existe uma luz ao fundo do túnel que pode ajudar a reverter toda esta situação, e é nessa aventura que fazemos parte durante todo o jogo, tentar reverter o domínio do vírus e da desordem. O tema é ainda mais pertinente nesta altura do que quando o jogo original saiu, tendo em conta a fase de quarentena, discordância entre a população, manifestações e abuso de poder que temos visto ultimamente, a história tornou-se muito mais actual com o passar do tempo e são bem poucos os jogos que dão esse sentimento ao serem explorados.

A jogabilidade foi renovada, tendo sido adicionado algumas melhorias nos controlos, como alguns elementos incorporados no jogo para sentirmos o DualSense durante a nossa aventura, estando também mais próximo do que encontramos no segundo título, apesar de manter a entidade do primeiro. Foram também adicionadas novas opções de acessibilidade, de forma a englobar o maior número de jogadores possíveis e dar a oportunidade de experimentar este título. Algumas animações também foram refeitas e melhoradas, sendo mais perceptível quais as acções que as personagens estão a ter naquele momento de jogabilidade, como é o caso das bancadas de melhoramento de armas. E tal como referido anteriormente, se já jogaram ambos os títulos, vão sentir-se em casa e à vontade, pois a jogabilidade original já era uma das melhores parte de The Last Of Us. O stealth e acção continuam soberbos, sendo que foram adicionadas mais algumas acções ao jogo como o facto de agora podermos voltar a personagem para trás facilmente, um pouco como acontece em Gof of War, de forma a torná-lo mais moderno mas nada que “estrague” o original. Foram adicionadas mais algumas coisas, mas como não quero estragar a surpresa por completo, irei detalhar mais abaixo.

A nível visual é onde conseguimos ver as maiores discrepâncias entre títulos, principalmente a nível de cutscenes, em que as expressões nunca estiveram tão bem como agora. Em cada iteração do jogo, sempre conseguimos ver o melhor que o motor de jogo conseguia produzir, mas é de salientar que o jogo nunca esteve com um aspecto tão real como agora, onde temos paisagens urbanas a serem cortadas pela vegetação verdejante, acompanhada pelos actos macabros circundantes. É deveras uma experiência única de presenciar ambientes tão paradoxais como encontramos neste jogo. Durante uma luta acessa, podemos ver muito mais partículas (vidros, cimento, madeira) ou até a divisão dos membros dos inimigos quando interagem de qualquer forma com uma bomba. Apesar de ter encontrado alguns bugs e glitches, apenas foram visuais e a nível de texturas, nunca a nível de animações ou jogabilidade. Ainda assim, esta “pintura nova” ficou excelente e poderá dar uma nova vida ao universo The Last Of Us, principalmente agora que teremos uma série televisiva na HBO.

A banda sonora e o sound design já eram excelentes, e nesta nova iteração, não ficam atrás. Apesar de não ter sido mencionado, penso que o som no geral foi “limpo”, tendo ficado mais claro do que a versão PlayStation 4, mas também pode ser a minha memória a pregar-me partidas. Ainda assim, nada negativo a apontar em relação ao som. Os pequenos acordes em momentos mais tensos, principalmente ao tentar permanecer fora do “radar” dos zombies ou de caçadores; as músicas breves e leves que acompanham as paisagens mais serenas, de forma a desfrutar um pouco a ambiente em nosso redor; os sons que acompanham certas partes claustrofóbicas do jogo, em que não sabemos se irá aparecer alguém pela frente e estragar o nosso plano de acção; ou simplesmente numa corrida desenfreada pelos corredores dum prédio em ruínas, com uma horda de zombies atrás, a banda sonora sabe sempre como fazer parte da experiência.

Esta iteração, tal como aconteceu em The Last of Us Remastered, a expansão Left Behind já está incluída no jogo, por isso têm mais um bocado de entretenimento. Mas para além disso, existem novidades. Tal como foi anunciado anteriormente num trailer, o jogo trará um novo modo de Speedrun. Neste modo, o jogador poderá cronometrar o seu tempo total de jogo, tendo em conta que o contador pausa durante as cutscenes e transições de nível/cena. Temos uma UI que mostra o tempo de jogo corrido, o tempo por capítulo e o nome do capítulo. Depois, é possível ver os melhores tempos no menu Extras. Para além disso, também foi adicionado uma opção nova ao escolhermos a dificuldade, onde podemos activar o modo Permadeath (Morte permanente). Tal como o nome indica, apenas morremos uma vez, sendo que para progredirmos, teremos que recomeçar o jogo. Existem mais novidades, mas acho que cabe agora ao jogador descobri-las. Feitas as contas, em termos de single-player, esta iteração é a mais completa de todas, e isso poderá ser algo que faça com que jogadores mais antigos da série revisitem o título, para além de jogar novamente esta pérola da PlayStation.

The Last Of Us Parte I é, sem dúvida alguma, a derradeira experiência da primeira parte desta história. As melhorias não se mantiveram apenas ao visual, passando um pouco por todos os níveis, excluindo a história, que por si só já era excelente desde a primeira iteração. É impossível não falar no preço do jogo, tendo em conta que já é a terceira vez que é lançado para o mercado. Mesmo com todas estas alterações e melhorias, e conhecendo bem o mundo do desenvolvimento de aplicações, continua a ser integralmente o mesmo jogo de 2013. Ainda assim, acho que os jogadores têm aqui um título que já era fantástico, mas que agora recebe uma nova vida com este relançamento. Um título obrigatório para os jogadores da PlayStation e fãs de jogos single-player com uma história espectacular.

█ F.S.

Análise – The Last Of Us Parte I

THE LAST OF US PARTE I estará disponível para a PlayStation®5 dia 2 de Setembro. Para mais informações, visita o website oficial.

The Last Of Us foi dos poucos jogos que me conseguiu agarrar de imediato com a sua narrativa e me prendeu ao título pela sua abordagem ao género stealth. Quando soube da nova remasterização para a PlayStation 5, deu-me vontade de jogar novamente o título. E com esta desculpa, era…

The Last Of Us Parte I (PlayStation 5)

História - 92%
Jogabilidade - 90%
Gráficos - 91%
Som / Banda Sonora - 95%
Longevidade - 85%

91%

Excelente

The Last Of Us Parte I é, sem dúvida alguma, a derradeira experiência da primeira parte desta história. As melhorias não se mantiveram apenas ao visual, passando um pouco por todos os níveis, excluindo a história, que por si só já era excelente desde a primeira iteração. Os jogadores têm aqui um título que já era fantástico, mas que agora recebe uma nova vida com este relançamento. Um título obrigatório para os jogadores da PlayStation e fãs de jogos single-player com uma história espectacular.

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Filipe Silva
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2 comments

2 Pings/Trackbacks for "Análise – The Last Of Us Parte I"
  1. […] A propósito, a SIE anunciou ainda que os membros do PlayStation®Plus Premium poderão experimentar, por tempo limitado sem a obrigação de comprar, o The Last of Us Parte I, o remake da Naughty Dog do título homónimo lançado em 2013, que chegou no passado dia 2 de Setembro à PlayStation®5. De lembrar que em The Last of Us Parte I os jogadores terão a oportunidade de revisitar o adorado jogo, que deu início a tudo, reconstruído para a PlayStation®5. Aqui, numa civilização devastada, onde infetados e sobreviventes enrijecidos espalham o caos, Joel, um protagonista amargo, é contratado para tirar ilegalmente Ellie, uma rapariga de 14 anos, de uma zona de quarentena militarizada. Porém, o que começa por ser um trabalho simples depressa se transforma numa viagem brutal que os levará a percorrer o país. The Last of Us Parte I, que também receberá uma versão para PC, inclui a história completa para um jogador de The Last of Us e a célebre prequela Left Behind, que explora os acontecimentos que mudaram para sempre as vidas de Ellie e da sua melhor amiga, Riley. Podem ler a análise do título, em que recebeu uma excelente nota pelo seu desempenho. […]

  2. […] A Sony Interactive Entertainment (SIE) anuncia que The Last of Us™ Parte I, o remake criado do zero pela Naughty Dog da obra homónima lançada em 2013, estará disponível para o PC através da Steam e Epic Games a partir do próximo dia 28 de março a um preço de 59,99€. Para além disto, foi ainda anunciado que as reservas já estão disponíveis. Podem também ler a nossa análise do jogo. […]

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