Azores GameFest – Reportagem

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Vídeo de Nicole Concha

Texto de Martina Silvestre/MartiMcWrite:

Em novembro de 2019 recebi um e-mail do Filipe Silva a dizer que tinha encontrado o meu blog, perguntando se eu teria interesse em integrar a equipa da Moshbit.

Cerca de três anos depois, embarquei numa jornada de Faro à Terceira para fazer parte do Azores Gamefest. A última vez que tinha ido a evento de jogos tinha sido antes pandemia, por isso posso garantir que a euforia era mais que muita.

Após várias vagas de covid e outras inconveniências, a MoshBit Gaming, a ICTHUS e a GuessTheChoice juntaram-se para que o Azores GameFest visse, por fim, a sua primeira edição ter lugar na vila do Porto Judeu (ilha Terceira) nos dias 1 e 2 de outubro. Um marco importante por diversos motivos que passarei a explicar.

No primeiro dia, às 10 horas da manhã, já havia miúdos a formar fila à entrada do Pavilhão Multiusos Pedro Francisco. Distraídos a cavaquear, ficaram logo em sentido quando as portas se abriram, e correram para o interior, onde o universo dos videojogos os aguardava, com as mais diversas áreas.

Em destaque estava o palco, onde foram centralizados os pontos mais importantes do evento, como talks, passatempos, gameplays e outros que tais, com a apresentação do humorista Optimuz, que carregou o espaço de energia e boa disposição. Além dele, o Azores GameFest contou com a presença de vários influencers que partilharam as suas experiências pessoais e de trabalho nas talks:

- Profissão Streamer com Filipa Santos, Helena Santos, MartaKitsu, Kari e MarianaMusic;
- Plataformas Digitais com Tji, Shikai e Marvin;
- Chill talk com MoveMind e Possessivo;
- Os desafios de ser Streamer com  Ratatwa e Deusahell.

Houve também espaço para torneios de Fortnite, Super Smash Brothers, Rocket League, CS:GOe Fifa 23.

A Zona de retrojogos foi assegurada por Carlos Ávila da Retrokult. Carlos sofreu a perda irreparável da sua coleção num incêndio no Faial há cerca de dois anos, mas foi quem fez renascer nos mais velhos a nostalgia dos jogos antigos.

Sendo um espaço para toda a família, via-se pais e filhos a partilhar momentos de diversão nas Super Nintendo ou Mega Drive, que contrastava fortemente com as PlayStation 5 e Nintendo Switch no outro lado do recinto, na área Moshbit. Aqui oferecíamos free-2-play em PS5,PS4,  Nintendo Switch, e SNES. Foi também onde se realizaram alguns dos torneios.

A verdade é que, todas as consolas, exemplares históricos ou topos de gama, cumpriram o seu propósito de garantir bons momentos e memórias que ficam.

Ninguém sabe o que é verdadeiramente hospitalidade, bondade e simpatia até conhecer as gentes dos Açores. Fomos muitíssimo bem recebidas por todos, seja pelos organizadores, residentes ou quem quer que se encontrasse pelo recinto.

Indescritível foi a receção dos mais novos de olhos cintilantes, na presença dos seus ídolos da internet, pedindo-lhes fotos e autógrafos. Havia uma familiaridade inesperada na retribuição do carinho pelos criadores de conteúdo.

Entre correrias, ainda deu para dar um passeio e apreciar as magníficas paisagens.

O Azores GameFest mostra o poder  da união num objetivo comum, quando a paixão e a dedicação não faltam. Quem vive em locais mais remotos, longe das grandes cidades sabe, sente. Nem todos têm a oportunidades de se deslocar tantos quilómetros e pernoitar tão longe. Para estes miúdos, estar cara a cara a cara com aqueles que mais admiram, com aqueles que os entretêm, que lhes fazem companhia diariamente nas mais diversas plataformas online, foi um sonho tornado realidade.

Para nós, foi juntar a equipa pela primeira vez.

O Azores GameFest foi transmitido em direto na Twitch e os vídeos podem ser consultados no canal do Youtube. Contou com a presença de cerca de três mil pessoas no recinto, bem como quatro mil online.