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Análise – Resident Evil 4 Remake (PS5)

Os remakes de Resident Evil 2 e 3 foram recebidos com grande aclamação do público e sem dúvida que são remakes excecionais. Não é de admirar então que os fãs tivessem ficado super ansiosos para receber este remake de Resident Evil 4, e a Capcom sem dúvida conseguiu estar à altura do hype mais uma vez.

“Los Ganados” voltam a aterrorizar os jogadores neste regresso de Resident Evil 4, com um remake feito à medida da nova geração. Sendo este um dos títulos mais aclamados dos fãs da franquia, seria de esperar que a Capcom quisesse de facto fazer este remake, mesmo com vozes que se opunham por já considerarem o jogo muito bom para a sua época. E de facto têm uma certa razão, pelo menos ao dizerem que Resident Evil 4 é de facto um jogo muito à frente do seu tempo e que levava a PlayStation 2 ao seu limite. Mas estavam errados em dizer que um remake era desnecessário, porque a Capcom conseguiu transformar um jogo que por si só era uma obra-prima, em algo muito melhor.

Para começar vamos relembrar a história de Resident Evil 4, que mantém a sua essência neste remake. Leon S. Kennedy volta a ser o grande protagonista do jogo, onde está encarregue de resgatar Ashley, a filha do presidente dos Estados Unidos, que foi sequestrada por um culto misterioso de uma zona rural de Espanha. Leon torna-se um agente especial do governo norte-americano após a destruição de Racoon City em 1998, tendo sido treinado pelo Major Jack Krauser, e recebe esta missão 6 anos depois. Pouco depois de começar a investigar a zona, Leon depara-se com os Ganados, que são humanos infetados com o parasita “Las Plagas” controlado pelos “Iluminados”.

Apesar de a base da história se ter mantido, foram feitas pequenas alterações na história, principalmente ao dar muito mais contexto sobre a backstory de Leon, incluindo toda a parte referida do treino de Krauser para o tornar num agente secreto. Além de serem adicionados novos detalhes, foram retirados do remake alguns elementos menos importantes da história, o voice acting foi refeito e a própria Ahsley foi tornada menos irritante, pelo menos dentro do possível. Esta é quase como uma reimaginação do título original, mas não tão flagrante e radical como aconteceu com os remakes de Resident Evil 2 e Resident Evil 3.

Gameplay moderna

A jogabilidade, como seria de esperar, foi tornada mais moderna e foram adicionados diversos elementos novos. A primeira grande diferença está certamente no combate. Os controlos para apontar e disparar estão agora mais modernos, sendo que podemos agora movimentar livremente o Leon enquanto estamos a fazer pontaria. Além disso, o Leon consegue agora escolher muito mais rapidamente a arma que pretende utilizar com os atalhos definidos no D-Pad. Outra grande novidade está na possibilidade do Leon poder usar a faca para dar parry aos ataques corpo a corpo inimigos, o que é bastante útil ao longo de todo o jogo. E por falar em faca, esta agora tem um sistema de durabilidade, que chegando ao fim a faca quebra e terá de ser reparada, no caso da faca de combate ou da faca de luta, ou substituída no caso de uma faca comum. Isto porque podemos ir recolhendo facas comuns para irmos utilizando ao longo da nossa gameplay para não desgastarmos a faca de combate ou no caso de esta estar partida e não termos o merchant por perto.

Outro elemento extremamente importante adicionado à gameplay foi a possibilidade de agachar. Com isto, Leon pode esquivar-se de certos ataques inimigos ou então (e agora sim, uma parte que me agrada muito) utilizarmos a furtividade para não sermos vistos pelos inimigos ou atacá-los pelas costas. A furtividade é também ela um elemento completamente novo nesta versão do jogo, mas poderá ser completamente ignorada pelos jogadores.

Os shooting ranges dão agora um novo tipo de prémio, que são umas fichas que podem ser utilizadas em máquinas de gatcha para desbloquear prémios. A maioria destes prémios são na verdade charms, outra feature nova que veio diretamente de Resident Evil Village. Estes charms podem ser acrescentados à nossa mala para obtermos bónus e benefícios durante a gameplay. Para adicionar um charm temos de ir a uma máquina de escrever para personalizar os charms. Aqui é agora também possível escolher que armas guardar ou levar na maleta. E por falar em máquina de escrever, este deixou de ser o único sítio onde podemos gravar o nosso progresso, visto que foi adicionada a feature de auto save.

O último grande ponto que seria importante mencionar nas novidades da gameplay, é a introdução de side quests. Podemos encontrar perto do merchant alguns contratos que nos dão tarefas adicionais para concluirmos enquanto progredimos no jogo. Quando concluídas as tarefas, devemos dirigir-nos ao merchant e receber a nossa recompensa.
Fora todas estas novidades, a essência da jogabilidade de Resident Evil 4 permanece intacta, com a necessidade de gerir recursos e espaço na mala à boa moda de um survival horror, termos de aprender receitas para fabricar determinados equipamentos, além de claro ter de fabricar munições e misturas de ervas para cura, resolver puzzles continua a ser essencial para a progressão, e claro grandes batalhas contra inimigos comuns e boss fights estonteantes. Se bem que temos agora alguns tipos de inimigos completamente novos.

Gráficos e visuais estonteantes

E não poderíamos falar deste remake sem falar dos incríveis melhoramentos gráficos e visuais. Os gráficos estão verdadeiramente em sintonia com a nova geração e de facto elevaram a fasquia para futuros remakes tanto da franquia como fora da mesma. Além disso, esta versão trouxe novos cenários, uma ambientação nova, mais momentos de noite, momentos com chuva torrencial e mais escuridão em geral. Todos estes elementos ajudam a puxar o lado do terror que sempre pareceu um pouco mais escondido em Resident Evil 4, mas que aqui fica bastante mais saliente e de facto aterrador. Além disso, estes novos elementos vão forçar Leon a utilizar mais a sua lanterna, e geralmente quando utilizamos uma lanterna num jogo de terror, sabemos que a coisa provavelmente vai ficar feia e que o jump scare pode estar iminente.

Som incrível

O trabalho de design de áudio neste remake é sem sobra de dúvida de tirar o chapéu. Na sua época, o jogo original já surpreendia pela qualidade acima da média, mas a equipa de Resident Evil 4 Remake excedeu as expectativas, e fez um trabalho incrível. A forma como cada tipo de inimigo e cada tipo de arma são agora tão mais únicos entre si é uma das coisas que mais salta à vista. Outro ponto importante é a forma como determinados elementos do jogo têm agora maior relevância sonora como por exemplo a forma como as balas atingem os inimigos ou outras partes do cenário e o eco que o disparo provoca no espaço em redor de Leon. É uma diferença abismal do título original, principalmente se somarmos às contas o novo voice acting e a forma como a banda sonora foi remasterizada, principalmente tendo em conta que já era incrível e extremamente bem aplicada em cada momento do jogo.

Veredicto

Resident Evil 4 Remake é uma reimaginação perfeita de um jogo que por si era já uma obra-prima. Este é sem dúvida um dos melhores títulos lançado este ano e abriu precedentes para todos os futuros remakes que sejam feitos a jogos que já por si são excelentes na versão original.

Foram utilizados screenshots oficiais da Capcom.

Resident Evil 4 Remake está disponível para PlayStation 4 e 5, Xbox Series X/S e PC via Steam. Para mais informações, visita o website oficial do jogo.

Os remakes de Resident Evil 2 e 3 foram recebidos com grande aclamação do público e sem dúvida que são remakes excecionais. Não é de admirar então que os fãs tivessem ficado super ansiosos para receber este remake de Resident Evil 4, e a Capcom sem dúvida conseguiu estar à…

Resident Evil 4 Remake (PS5)

História - 100%
Jogabilidade - 100%
Gráficos - 100%
Som/Banda Sonora - 100%
Longevidade - 100%

100%

Excelente

Resident Evil 4 Remake é uma reimaginação perfeita de um jogo que por si era já uma obra-prima. Este é sem dúvida um dos melhores títulos lançado este ano e abriu precedentes para todos os futuros remakes que sejam feitos a jogos que já por si são excelentes na versão original.

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Nicole Concha
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