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Análise – The Legend Of Zelda: Breath of the Wild

Quatro anos depois do seu anúncio, Legend of Zelda: Breath of the Wild chega como uma bomba à Nintendo Switch e à Wii U. Como qualquer outro jogo da série, temos a possibilidade de visitar dungeons, resolver puzzles e matar monstros, mas Breath of the Wild vai muito mais além.

Sem querer dar muitos spoilers, o jogo começa com o despertar de Link numa gruta após ouvir uma voz feminina na sua mente. É aí que obtemos a Sheikah Slate, um dispositivo misterioso que vai-se mostrar extremamente útil durante a nossa aventura. Ao sair dessa gruta, somos surpresos pelo enorme mundo de Legend of Zelda: Breath of the Wild e a sensação de que podemos visitar cada uma daquelas montanhas e planícies é assombrosamente boa. À primeira vista os terrenos até podem parecer vazios, mas após algumas horas de jogo percebemos o quão importante essa falta de “conteúdo” é para criar a sensação de que estamos por nossa conta numa luta contra as forças da natureza. Esta tem um grande papel no jogo, visto que por exemplo quando está a chover não podemos trepar paredes pois estas ficam escorregadias.

Em LoZ: Breath of the Wild é possível roubar armas aos inimigos, preparar refeições e elixirs combinando os recursos que encontramos e muito mais. Existe uma grande variedade de items espalhados por Hyrule e se queremos sobreviver aos perigos que nos esperam temos de estar bem preparados. Em certas zonas por exemplo, a temperatura fica tão baixa que necessitamos de uma armadura que seja resistente ao frio.

À semelhança dos jogos anteriores, existem poucas indicações daquilo que temos de fazer (tanto na main como nas sidequests) e cabe-nos a nós perceber com funcionam as mecânicas do jogo. Ao longo da aventura o jogador é obrigado a pensar “fora da caixa” para resolver os mais variados desafios e se estiverem dispostos a usar a vossa criatividade só têm a ganhar. Eu mesmo passei bastante tempo em volta da fogueira a experimentar várias combinações de alimentos e ingredientes a ver no que davam.

Espalhados pelo mapa, existem vários templos que guardam as esferas usadas para aumentar o número de corações e a Stamina. Em cada um destes templos temos um puzzle para resolver. Estes puzzles estão preparados para testar a vossa capacidade de usar as runas de forma inteligente e em alguns deles temos até de usar o giroscópio da consola. Assim que completamos um templo este passa a servir de ponto de teletransporte, tornando as viagens mais simples e curtas. Existem também várias torres que podem ser escaladas para desbloquearmos o mapa da respectiva área.

O combate em si é bastante simples mas torna-se interessante não só pela imensidão de armas, escudos e arcos disponíveis, mas também pela possibilidade que os items têm de se partir. É preciso pensar sempre duas vezes se vale realmente a pena lutar com um grupo de monstros. Graças à Sheikah Plate podemos parar o tempo de alguns objectos, congelar água de forma a criar pilares, criar bombas, etc. Este engenho permite-nos também tirar fotos, localizar items / templos, entre outras coisas.

Os gráficos estão também muito bons e o nível de detalhe em cada um dos items, personagens e cenários é espantoso. A arte cel-shaded (que lembra um pouco o Wind Waker) apesar de tirar o realismo ao jogo resulta muito bem. Todo o trabalho de cores, luzes e sombras está impressionante.

A dificuldade é ideal. Nesta luta pela sobrevivência, é necessário progredir no jogo e criar a nossa própria resistência a seres superiores a nós. A morte pode tornar-se repetitiva ao longo do gameplay, mas o jogo está tão bem construído que provoca no jogador a vontade de continuar a tentar até conseguir ultrapassar um obstáculo. Por vezes passam horas até que possa ser encontrada uma boa arma.

A banda sonora acompanha os momentos de tensão, calma, frio, felicidade encaixando completamente com o estilo musical de Zelda. A forma como a música se encaixa no momento certo é muito boa. O voice acting poderia ser melhor, é certo, mas ainda assim as vozes inglesas são boas se fingirmos não conhecer as originais. Sendo um jogo que envolve por completo o jogador, não podiam faltar os bons efeitos sonoros como o vento a soprar nos pontos mais altos de montanhas, o som dos pés a pisar água, relva, etc.

Tendo em conta ser um jogo completamente remodelado para dar uma espécie de boost na série, serão de notar bastantes diferenças em relação a títulos anteriores. O jogo dito com mais semelhanças é o Ocarina of Time. Considerado por muitos o melhor, foi o jogo que introduziu a série ao 3D e a um mundo semiaberto. Em Breath of the Wild o mundo é completamente aberto o que o torna único, pois em nenhum jogo anterior da série era possível avançar sem rumo. A forma de exploração dos templos, por exemplo, baseia-se mais em puzzles do que em batalhas de bosses e ao contrário dos jogos anteriores, de duração mais curta.

Até a inteligência artificial sofreu uma melhoria incrível, os inimigos retiram-se quando se rendem, apanham armas, atiram objetos, entre outros.

Outra novidade deste título é o controlo da Stamina, ou seja, algo semelhante ao cansaço – o Link tem um certo limite para correr, trepar, nadar, etc.  Ainda a nível de mudanças na personagem, o jogo apresenta-nos agora outfits, upgrades e possibilidade de crafting. A vida continua a ser através de heart containers mas enchemos através da alimentação, repouso e nos templos.

Como ToZ: Breath of the Wild foi originalmente desenhado para a Wii U, as diferenças entre a sua versão e a da Switch não são muitas. A aparência de objetos distantes é o primeiro ponto divergente entre ambas, na Switch em modo TV é possível obter uma qualidade de 900p comparada aos 700p da Wii U. Esta situação altera a nível visual por exemplo transparências de erva e ângulos geométricos. O jogador pode, no entanto, obter uma experiência igualmente completa ao jogar na consola anterior à Switch.

O que torna este LoZ especial é a atenção que foi tomada a cada detalhe e a interatividade proporcionada, desde o mundo gigantesco e explorável ao combate. Sem dúvida um RPG atual e sofisticado.

Quatro anos depois do seu anúncio, Legend of Zelda: Breath of the Wild chega como uma bomba à Nintendo Switch e à Wii U. Como qualquer outro jogo da série, temos a possibilidade de visitar dungeons, resolver puzzles e matar monstros, mas Breath of the Wild vai muito mais além.…
Jogabilidade - 98%
Gráficos - 95%
Som/Banda Sonora - 94%
Longevidade - 92%

95%

Obra Prima

The Legend of Zelda: Breath of the Wild é um jogo capaz de nos surpreender desde o ínicio à sua conclusão, cumpre tudo aquilo que prometeu e muito mais. Apesar de não ser um jogo perfeito, não há nada negativo que seja importante referir. Sem dúvida um dos melhores jogos que já tivémos a oportunidade de jogar.

User Rating: 4.4 ( 1 votes)
Francisco Xavier

One comment

1 Pings/Trackbacks for "Análise – The Legend Of Zelda: Breath of the Wild"
  1. […] forma, a única evolução possível para a série não perder o charme, seria o que aconteceu com The Legend of Zelda: Breath of The Wild, adoptando um estilo cel-shaded mais dinâmico e trabalhado. Em muitos aspectos do jogo, se vê […]

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